sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O que houver de morrerO que houver de morrer by Guilherme de Melo
My rating: 3 of 5 stars

A história de José Carlos, que parte em busca de desvendar a vida do pai, morto logo nas primeiras páginas e que, sem que a família o desconfie, tem um caso com um empregadito de shopping, o Alcino. No final, é José Carlos que se descobre a si mesmo.
Gostei sobretudo porque ser muito português: o "cenário" em que o enredo decorre é o de uma família de classe média do final de anos 80, em Lisboa, com o surgimento dos primeiros centros comerciais, os filhos a estudar na universidade,os empregos em sociedades de advogados e bancos, as cunhas, a vida gay noturna, com os primeiros bares e salas de espetáculos, os shows de travesti!
Mas parece mais um conto longo, uma novela, do que um romance; pelo número reduzido de personagens, pela linearidade da narrativa, pela dimensão. Aliás, talvez beneficiasse se fosse condensado em conto, porque aceleraria a narrativa e eliminaria redundâncias, até pela previsibilidade do desfecho.
Ou talvez merecesse ser prolongado, transformado em romance, porque, precisamente o desfecho, pela sua brevidade, nos deixa a pensar sobre o que sentiria e como reagiria o José Carlos ao que aconteceu.

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