segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Shuttlecock by Phil Andros

Shuttlecock Shuttlecock by Phil Andros
My rating: 4 of 5 stars

Phil Andros, o prostituto-literato, está agora a morar em Berkeley, mesmo em frente a São Francisco, do outro lado da baía. O ambiente universitário, em modo hippie, paz e amor, drogas, rock'n'roll e bolsos vazios, não traz negócio que se veja a Phil, mas vai-lhe lavando as vistas. Certa noite, Phil depara-se com um belo rapaz de cabelos compridos, Larry, completamente ganzado com LSD, e resolve escondê-lo em casa antes que os chuis o prendam. No sofá da sua sala, Phil despe o rapaz e dá-lhe torazina, para o ajudar a aterrar em segurança. Mas a visão do apolíneo corpo nu do rapaz faz-lhe lembrar Greg, um seu antigo namorado polícia, dominador, o único homem a quem se submeteu sexualmente, e Phil não resiste, enrola-se em incontáveis cenas de sexo tórrido com Larry, acabando por convidá-lo a viver com ele e a convencê-lo a cortar o cabelo e a candidatar-se à Escola de Polícia de São Francisco...

Sam Steward escreveu um conjunto de livros de pornografia com o pseudónimo Phil Andros para ganhar dinheiro e, seguramente, porque lhe davam prazer a escrever (e a imaginar...). É por isso que os seus livros têm sempre uma componente de referências culturais forte e uma escrita cuidada, não se limitando à sucessão de cenas de sexo "perfeito" que são o lugar-comum da pornografia. Em Shuttlecock, as citações e referências multiplicam-se, e Sam Steward parece ter-se entusiasmado tanto com o enredo que, a certa altura, se esquece dos seus objetivos financeiros para se deleitar com uma narrativa centrada no suspense e no mistério quase policial, onde o sexo só aparece esporadicamente.


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