quinta-feira, 7 de março de 2019

Journey Without Maps by Graham Greene

Journey Without Maps (Vintage Classics)Journey Without Maps by Graham Greene
My rating: 3 of 5 stars

Graham Greene, então um jovem escritor, parte em 1935 da Serra Leoa (ao tempo, colónia britânica) para a Libéria independente, onde pretende viajar pelo interior, num percurso nunca antes tentado por ocidentais, para o qual nem sequer existiam ainda mapas. Contrata uma grande equipa de carregadores e guias para o levarem, a ele e uma corajosa prima, a sua única companhia "civilizada".

Os motivos da viagem não são claros, ou não são claramente explicados pelo autor, que trabalharia mais tarde para os Serviços Secretos britânicos. Greene menciona apenas o seu fascínio pela África tropical e pela Libéria, então o único país independente de África, com uma história curiosa, por ter sido formado por emigrantes negros norte-americanos que desejavam criar um país democrático, esclarecido e livre em África, inspirados nos ideais dos pais fundadores dos EUA.

Depois de um início de viagem em que tudo é novo e fascinante, tanto para o autor como para as populações indígenas, que não estão habituadas a ver homens de pele branca, rapidamente tudo se torna monótono para Greene: a mesma paisagem de floresta húmida, as mesmas aldeias de cabanas de lama cobertas de colmo, os mesmos chefes, os mesmos "diabos" (feiticeiros) dançarinos, o mesmo calor insuportável, as mesmas reclamações dos carregadores... Nas últimas etapas, a viagem torna-se mesmo dolorosa, com o fim que parece nunca mais chegar, a época da chuvas que chega e torna os caminhos num mar de lama e mesmo umas febres fortes que quase o derrubam.

A juventude do autor também não ajuda no que respeita à escrita, que não consegue transformar a monotonia da viagem numa leitura interessante. Anos mais tarde, um Greene já maduro, falaria da sua estratégia para este livro em Ways of Escape ("Caminhos de Evasão", em português), indicando que tinha optado por um ponto de vista estritamente pessoal, que manifestamente, parece não ter resultado muito bem.

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