Mortalidade by Christopher Hitchens
My rating: 4 of 5 stars
Avassalador! Escrito durante os 19 meses em que esteve doente com cancro, Hitchens continua corajosamente a defender, às portas da morte, o que sempre defendeu toda a vida e confronta-nos com a nossa própria mortalidade.
"Ao longo da minha vida, já tinha acordado, mais de uma vez, com a sensação de morte. Nada, no entanto, me havia preparado para a madrugada de junho em que acordei a sentir-me realmente preso dentro do meu próprio cadáver."
"À pergunta absurda "Porquê eu?", o cosmos mal se dá ao trabalho de responder: porque não?"
"Em contrapartida, [no país da doença] o humor é frouxo e repetitivo, quase não se fala de sexo, e a cozinha é a pior dos destinos que alguma vez visitei."
"Quando chegar ao fim e me encontrar aterrorizado, num estado de imbecilidade semiconsciente, poderei, até, gritar por um padre. Contudo, declaro aqui, enquanto estou lúcido, que a entidade que assim se humilhar já não será, com efeito, o meu "eu". (Tenham isto bem presente, não vá dar-se o caso de surgirem posteriores rumores ou invenções.)"
"Não tenho um corpo, sou um corpo."
O The Wall Street Journal afirma que o autor de Deus Não É Grande: Como a Religião Envenena Tudo tinha razão quando afirmava que "não há vida além da morte", porque se houvesse Hitchens continuaria a enviar-lhes, para publicação, "artigos, ensaios, críticas de livros, textos perversos ou polémicos."
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